quinta-feira, 5 de maio de 2011

Banco da Praça


No banco da praça,
daquela praça,
aguardo você.

Venha.
Venha sem pressa,
sem tempo para perder.

No banco daquela praça,
aguardo você.

terça-feira, 3 de maio de 2011

A Pedra


A pedra na mão. 
        O buraco logo embaixo.  
                    
                  Talvez seja hora.
     
     Sinto o ponteiro da vida.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O que não se joga for a


[22.12.2010

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Eu achava estar enlouquecendo.  
Sofria o que não existia, o que nunca existiu?
Talvez eu tenha me perdido entre um suposto amor e
um grande balde de dor.
.
Resolvi sofrer mesmo, sofrer tudo.
Beirar a loucura até o coração sufocar.
Insuportável.
Será que se ele se dilacerar, um dia, a pior das dores irá passar?
De uma forma ou de outra, passa.
.
Descobrir não estar sofrendo o irreal faz a dor se dissipar.
Reconhecer que sim, eu amei. E o amor estava lá. 
.
Eu escolhi e ela não foi capaz de escolher.
.
Escolhi o amor mesmo sabendo que não era a realização óbvia da carne,
da minha. Mas, afinal, a vida é feita de escolhas.
E quando se Escolhe, a completude se realiza.
Eu sei. Ela também.
.
Mas nada disso importa.
Importa que o amor talvez nunca acabe.
Mas a dor, sim.
.
Hoje acordei mais sóbria. 
Achei um poema dela e não tive raiva,
nem medo, nem vontade de rasgar.
.
Lembrei o dia que ela escreveu.
Senti um pouco de pena da gente.
Ela tão apaixonada. Eu tão cansada.
Aquele mês de dezembro me matou.
.
Lembrar não ter forças, lembrar querer,
mas não corresponder à altura,
não naquele dezembro.