segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Das Complexidades de Ser Humano


O que vamos aprendendo...
As dúvidas que levantamos a medida que percorremos o(s) caminho(s)
As respostas que não satisfazem a ninguém...
E outras cositas mais...


(parte 1)



O que distingue o cinismo saudável, maduro, que nos protege de nós mesmos, dos outros e das eventuais e cotidianas tragédias da vida, daquele cinismo cínico, covarde, que nos afasta de tudo e de todos e das eventuais e cotidianas belezas da vida????



O que distingue o cinismo que nos salva daquele que nos aniquila????



(parte 2)



Não é porque se para de dar a alguém algo que ele não quer mais que isso resolverá os problemas que existem entre vocês.



Falar sobre os problemas que existem entre vocês pode também não ser solução.



Já parou para pensar que talvez não exista solução para qualquer coisa que exista entre vocês????



(parte 3)



Mocinha saltitante: Finalmente entendi que nada sei. Digo entendi por que saber eu já sabia. Mas pra saber mesmo, eu precisava sentir. E agora eu sinto que nada sei, nunca soube e nem nunca saberei. E isso é tão libertador que eu ando pelas ruas da cidade, de um lado pro outro, esboçando um sorriso extremamente babaca na cara. E sabe como eu sei que o sorriso é de babaca?



Fim de tarde. Duas amigas andam pelas ruas de Ipanema.



Rua, carros, pessoas.



Mocinha saltitante: Nossa, amiga! A vida é tão...

Amiga da MS: Tão???

Mocinha saltitante: Tão linda!



Continuam caminhando e param numa lanchonete para comer lasanha.



Mocinha saltitante: Nossa! Essa é a melhor lasanha ever!

Amiga da MS: É...



Saem da lanchonete e caminham em direção ao Oi Futuro.

Céu nublado, a ameaça de chuva é visível...



Mocinha saltitante: Nossa! O dia está incrível!

Amiga da MS: Mais ou menos, o céu tá nublado.

Mocinha saltitante: Eu sei. Mas é um nublado lindo!



Entram no espaço cultural. Depois de uns 20 minutos, saem. A amiga visivelmente irritada e a moçinha com um sorriso enorme no rosto.



Na porta do Oi Futuro:



Mocinha saltitante: Como a vida é...

Amiga da MS (irritada): Incrível?

Mocinha saltitante (rindo): é...

Amiga da MS: Só eu ouvir mais uma única vez que a vida é linda, que o dia está incrível, que as cores do sol, que as sombras dos prédios, que as belezas do cotidiano... e etc e tal que você vai levar uma guardachuvada na cabeça. Ok?

Mocinha saltitante (rindo): OK. Mas posso falar só mais uma coisa?

Amiga da MS: A última!

Mocinha saltitante: Eu tava morrendo de saudade! Adoro esse seu jeitinho mau humorado!



 (parte 4)


Abraçar a dor. Falar da dor. 
Falar com a dor. 
Rir da dor. Rir com dor.

Esquizofrenias poéticas ou uma forma de superar a si mesmo????
 

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Enquanto é feira



O diálogo não parecia possível. O ouvido ainda não era de mercador. Ela trocava bananas por maças na feira. E ainda sim, achava de bom tom, esclarecer as mágoas. Então, tirou um lápis da bolsa e num guardanapo esboçou o que deveria ser uma carta de trégua.

Quero colocar um aviso de ocupado na minha porta. 
Talvez um que diga algo como: Fechado para balanço ou Aqui, em breve, uma nova pessoa. Mas o balanço já foi feito e eu já sou uma nova pessoa. O mais apropriado, então, seria dizer algo como: peça para entrar. Eu já sei as coisas que não quero. E dentre elas, ser invadida por você ou por outro alguém. Eu sei que na ânsia de me ver bem, você acaba nos atropelando. Não é maldade, só um jeito perverso de lidar com a vida.  Um jeito doloroso que nos separou há tanto tempo atrás que nem importa quando. Eu mudei muito. E sei que mudanças te assustam. Você não precisa me salvar. Eu já me salvei. Tire o medo do olhar, a angústia da palavra, o receio do gesto, a roupa do corpo. Ou não tire nada. Se quiser algo para acreditar, acredite quando digo que estou bem. Bem de um jeito que nunca estive antes! 


Agradeço tudo e muito mais.

            Repousou o lápis na mesa bamba, encarou as fileiras formadas por palavras no papel. Era isso que queria dizer? Já não sabia. Dobrou o guardanapo e cuidadosamente o guardou dentro da bolsa dos ovos. Lembrou-se de que a espera costuma ser sábia mesmo quando a vida insiste em ser ligeira. Aproveitou a sombra das árvores do lado de lá da rua e correu para casa. O almoço ainda não havia sido feito.

sábado, 15 de outubro de 2011

Fluxograma do Encantado

#riodejaneirofeelings


Amigos.Filme.Sorrisos.Espaços.
Rua.Copa.Oficina.Teatro.Cenários.
Peça.Estréia.Figurino.Ironia.Diálogos.
Consumo.Tendências.NeIn.Mercado.

Feminino.Masculino.Engraçado.

Permanente.Colorido.Risos.Abraços.
Calçada.Praia.Gritos.Alegria.Orgasmos.
Dia.Sono.Fandangos.Ovomaltine.Feriado.

Ônibus.Barco.Cama.Desabo.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Lembranças

Eu nunca quis a sua liberdade.
Eu nunca quis os seus pensamentos.
Eu nunca quis ter mais do que um grande amor.
Eu nunca quis realmente me casar com você.

      Eu queria seu zelo, seu carinho, seu silêncio.
                 Eu queria um bocado seu só pra mim.
                       Eu queria mesmo você dona de si.
  
O que eu realmente queria era você pro mundo.